segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CONTABILIDADE GERAL - PASSO A PASSO - III

1 CONTROLE DE ESTOQUES

Estoque de Mercadorias

Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de mercadoria em datas diferentes, pagando por ela preços que variam, para determinarmos custo das mercadorias estocadas, há necessidade de adotarmos alguns critérios.

Os critérios são:

a) Preço especifico: o critério de avaliação do preço especifico consiste em se atribuir a cada unidade do estoque o preço efetivamente pago por ela. É um critério que só pode ser utilizado para mercadorias de fácil identificação física, como por exemplo, imóveis para revenda, veículos usados etc.

b) PEPS: significa primeiro que entra, primeiro que sai. Adotando este critério para valoração dos estoques, a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os custos mais recentes.

c) UEPS: significa último que entra, primeiro que sai. Adotando este critério para valoração dos seus estoques, a empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque os custos mais antigos guardadas as devidas proteções com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.

d) Custo Médio: Adotado este critério, as mercadorias estocadas serão sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendo estes, atualizados a cada compra efetuada.

2 OPERAÇÃO COM INVENTÁRIO PERMANENTE E PERIÓDICO

2.1 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)

Para se apurar os custos das mercadorias vendidas precisa-se trabalhar com dois sistemas de inventário, dependendo da sistemática de trabalho que se evolui na empresa e o método que se decide aplicar no controle de estoque da empresa.

2.2 INVENTÁRIO PERMANENTE:

O critério para avaliação do estoque de mercadorias trabalha com três sistemas de inventário, sendo o controle de estoque pelo PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que sai), o UEPS (Ultimo que Entra Primeiro que Sai) e o Médio Ponderado, que trabalham com a média do controle de estoque.

Quando controlamos de forma continua o Estoque de mercadorias, dando-lhe baixa, em cada venda, pelo custo dessas mercadorias vendidas (CMV), esse controle permanente é efetuado sobre todas as mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é, esse controle é efetuado sobre as mercadorias (CMV) e sobre as mercadorias que não foram vendidas (estoque final). Pela soma dos custos de todas as vendas, teremos o custo das mercadorias vendidas (CMV) total do período.

No inventário permanente pode-se utilizar uma ficha de controle para se conhecer o saldo em estoque.

No sistema PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai), a este controle com base neste critério, daremos baixas no custo da seguinte maneira: à medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixa a partir das primeiras compras, o que eqüivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas.

No sistema UEPS (Ultimo que Entra Primeiro que Sai), faz-se o contrario do sistema anterior, dando como custo, o valor da ultima mercadoria entrada, assim, a entrada é a primeira a sair.

No sistema Médio Ponderado Móvel, para evitar o controle de preço por lotes, como nos métodos anteriores, e para fugir aos extremos, existe a possibilidade de se dar como custo o valor médio das compras. Este valor médio é bastante utilizado pois, pode ser a média das compras no período, ou só do ultimo mês etc., o mais utilizado, entretanto e, mais lógico também, é o valor médio do custo do estoque existente. Chama-se de ponderada móvel, pois, o valor médio de cada unidade em estoque se altera pela compra de outras unidade por um preço diferente. Assim, ele será localizado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes.

2.3 INVENTÁRIO PERIÓDICO:

Quando efetuamos as vendas sem um controle paralelo e concomitante do nosso estoque e, portanto, sem controlar o Custo das Mercadorias Vendidas. Quando necessitamos apurar o Resultado obtido com a venda de mercadorias (RCM), fazemos um levantamento físico para avaliação do estoque de mercadorias disponíveis para venda durante o período e, com esse estoque final (apurado extra contabilmente), obtemos o custo das mercadorias vendidas (CMV) nesse período.

Quando não é efetuado o controle contínuo do nosso Estoque de Mercadorias e, tampouco do nosso CMV, para a determinação deste último é necessário fazer a dedução. Fórmula para se achar o CMV= Estoque Inicial + Compras Liquidas - Estoque Final.

1 CONCEITOS DE CONTABILIDADE GERENCIAL

Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanço etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Na realidade, a contabilidade gerencial, é uma síntese de informações que são dadas à administração geral da empresa.

A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar o uso apropriado de seus recursos.

A contabilidade gerencial deve ser avaliada de maneira diferenciada da contabilidade financeira, pois, cada uma delas tem suas particularidades e, sobretudo, a contabilidade gerencial utiliza-se da própria contabilidade financeira, mais as demais contabilidades e, ainda, desenvolve sua análise para dar suas devidas informações.

Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial foram desenvolvidos para diferentes propósitos e para diferentes usuários das informações financeiras. Há, contudo, numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os métodos da contabilidade financeira e a gerencial.

A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. A contabilidade gerencial pode ser contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização.

Podemos notar uma diferença simples, mas expressiva, na análise de contabilidade pois, muitos pensam estar estudando conteúdos iguais mas, na realidade, isto não acontece; o que acontece é o reforço dos conhecimentos que o contador passa a ter em conhecer todas as contabilidades devidas a uma administração e fazer ligação com a própria contabilidade como um todo, unindo todos os conhecimentos e desenvolve-los dentro de uma só contabilidade, sendo colhidas informações, processadas e expelidas para os desejados que fazem jus das organizações e economia que a nossa população necessita.

A contabilidade gerencial: nota-se que, na vida prática de uma organização, não existe um setor específico para este fim, ou seja, não da maneira como existem propriamente o departamento de custos, departamento financeiro etc. Estes setores são enquadrados dentro da organização como setores específicos para desenvolver estas determinadas ações como seu próprio nome representa. Já a contabilidade gerencial não precisa de um departamento específico, porque tem que estar no nosso subconsciente que em todos os momentos de uma organização este fator estará presente, pois hoje com todas as concorrências, globalização avançando rapidamente, leva gerentes a desenvolver análises rápidas, criarmos orçamentos que nos possibilitam uma orientação do que precisamos fazer e, ou mesmo o que estamos praticando dentro de nossa organização. Sendo assim, teremos que incutir em nossas mentes que em todos os momentos estaremos fazendo a contabilidade gerencial, até mesmo em nossas casas.

Já para o nosso curso de contabilidade, analisando didaticamente precisamos ter esta disciplina à parte, para podermos colocar em nossos conhecimentos a tão desejada necessidade que precisamos ter, para superarmos os nossos concorrentes e sermos profissionais adequados para as organizações que hoje procuram no mercado de trabalho.

Contabilidade gerencial como instrumento de administração:

Entendemos que a contabilidade gerencial existe ou existirá, se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem contabilidade gerencial, se houver dentro dela, pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação. Contabilidade gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração.

Se tivermos a contabilidade, se temos a informação contábil, mas não a usamos no processo administrativo, no processo gerencial, então não existe gerenciamento contábil, não existe contabilidade gerencial.

Dessa forma, fica claro que a contabilidade gerencial deve utilizar-se das técnicas já desenvolvidas por outras disciplinas, porque nelas, o estudo específico é mais aprofundado.

O objetivo da contabilidade gerencial é enfocar todos os temas escolhidos dessas disciplinas no processo de administração, no processo integrado de tomada de decisões.

Contabilidade gerencial não é um existir, mas um fazer.

Contabilidade gerencial é ação, e não técnicas específicas de contabilidade.

Não existe contabilidade gerencial. Faz-se a contabilidade gerencial.

Utilização da contabilidade gerencial:

Como vimos que a contabilidade gerencial, ela é utilizada principalmente dentro da empresa, como ferramenta de auxílio à administração, em todas as suas facetas operacionais.

Tendo em vista que uma organização é estruturada de forma hierárquica, a contabilidade gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da organização. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma especifica para cada segmento hierárquico da organização.

Dentro desse fundamento, a contabilidade gerencial deverá atender a todos os seguimentos hierárquicos da empresa e, isso, se reflete na forma de utilização da informação contábil. Assim, teremos um bloco de informações que suprirão a alta administração da organização, que denominamos de gerenciamento contábil global, objetivando canalizar informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto.

Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média administração, ou, caso necessário, os segmentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linha de produtos. São informações para canalizar os conceitos de contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de gerenciamento contábil setorial.

Finalmente teremos um terceiro bloco de informações para gerenciar cada um dos produtos da organização, de forma isolada. Denominamos esse segmento da contabilidade gerencial, de gerenciamento contábil especifico. São informações que descem a um grau maior de detalhamento, a nível operacional.

Para todos esses segmentos serão trabalhadas informações para planejamento estratégico e orçamentário, já que o segundo fundamento da Contabilidade Gerencial é seu enfoque para o futuro. Assim, área fundamental do sistema de informação contábil são os orçamentos e projeções.

Contabilidade Gerencial e Sistema de Informação:

Para que a informação contábil seja usada no processo de administração, é necessário que essa informação contábil seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da empresa. Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é desejável se conseguida a um custo adequado e interessante para a entidade. A informação não pode custar mais do que ela pode valer para a administração da empresa.

Diante desses pressupostos básicos para a informação contábil, fica claro o caminho a ser adotado para que a contabilidade se transforme em ferramenta de ação administrativa e se torne um instrumento gerencial. Para se fazer, então, contabilidade gerencial, é mister a construção de um sistema de informação contábil gerencial. Em outras palavras, é possível fazer e é possível ter contabilidade gerencial dentro de uma empresa, desde que se construa um sistema de informação contábil.

Portanto, é importante, também, rotinização da informação contábil gerencial. Concluindo, para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema de informação contábil gerencial, um sistema de informação operacional, que seja um instrumento dotado de características tais quais preencha todas as necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento de sua empresa.

1.1 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL

Atitudes e características do contador gerencial:

Se nos perguntassem qual ou quais as características que distinguem o bom contador gerencial de outros profissionais ligados à área da contabilidade, diríamos que a fundamental é saber “tratar”, refinar e apresentar de maneira clara, resumidas e operacionais dados espaços contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informações com outros conhecimentos não específicos ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. Um contador de custos tradicional, por exemplo, que não tenha sido exposto à ênfase da contabilidade gerencial, ao apurar as variações entre custo orçado e real, limitar-se-ia a informar tais variações e a incluí-las ou não na demonstração de resultados. Um contador com mentalidade gerencial vai utilizar tais variações, até o extremo grau possível de detalhe, para tentar encaminhar um início de contabilidade por responsabilidade ou, pelo menos, para saber distinguir quais as áreas que merecem uma investigação maior, por causas das variações apuradas.

Em certas situações que exijam condições de otimização de resultados ou minimização de custos, o contador gerencial deverá superar-se e derivar de conceitos de valor médio (usuais na contabilidade), conceitos que mais se aproximem de custos e receitas marginais, necessários nos processos de otimização.

Um contador gerencial, pelo visto, deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive com conhecimento, senão das técnicas, pelo menos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos. Deve estar consciente de certos conceitos de microeconomia e, acima de tudo, deve saber observar como os administradores reagem a forma de tudo, deve saber observar como os administradores reagem à forma e ao conteúdo dos relatórios contábeis. Cada administrador tem características próprias, mas uma grande maioria não apreciaria, por exemplo, um exemplar de balancete do razão com trinta paginas, para tomada de decisões. Também não visualiza bem um demonstrativo operacional apresentado na forma de débito-crédito; talvez entenda melhor um demonstrativo na forma dedutiva, e assim por diante.

Por outro lado, um gerente de formação não predominante contábil não se entusiasmará, propriamente, com certas expressões tão a gosto dos contadores, tais como: provisão para férias, 13º salário ou fato contábil misto. Se não puderem ser substituídas adequadamente, deverão pelo menos ser explicadas de forma simples.

No entanto não podemos nos esquecer do fato que não existe este titulo na empresa, contador gerencial, mas sim temos que nos lembrar que para desenvolver esta função, tem que ser o próprio contador da empresa, ter uma mente aberta para desenvolver a todo o momento este sistema de contador empreendedor, ativo e esclarecedor de informações para seus clientes internos que possui. Num grande número de casos, todavia, estas características deverão recair na figura do controlador, efetivamente.

1.2 CONTROLE

Conceitos Objetivos e Características:

Controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho dos subordinados para assegurar que os objetivos da empresa sejam atingidos. A tarefa de controle é verificar se tudo está sendo feito em conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo com as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição.

Objetivo e importância

a) Correção das falhas ou erros: o controle serve para detectar falhas ou erros, sejam no planejamento, na organização ou na direção e apontar as medidas corretivas.

b) Prevenção de novas falhas ou erros: Ao corrigirem falhas ou erros, o controle aponta meios de evitá-los no futuro.

Processo de controle

a) Estabelecimento de padrões: a primeira etapa do controle é a fixação dos padrões a serem obedecidos. Um padrão é um resultado desejado, uma norma para se estabelecer o que se deverá fazer uma bitola previamente fixada, e que servirá de marco para comparar o desempenho futuro.

Tipos de padrões:

Padrões de quantidade

Padrões de qualidade

Padrões de tempo

Padrões de custo

b) Avaliações do desempenho: a segunda etapa do controle consiste em se avaliar ou mensurar o que está sendo feito.

c) Comparação do desempenho com o padrão estabelecido: é a terceira etapa do controle. Consiste em comparar o que está sendo feito com o padrão estabelecido para verificar se há diferença, variação, erro ou falha.

d) Ação corretiva: é a última etapa do controle. Consiste na correção da variação, do erro ou falha. Se o desempenho foi de acordo com o padrão, não há ação corretiva. O objetivo do controle é identificar quando, quanto, onde e corrigir.

Controle Gerencial na Contabilidade:

A contabilidade gerencial desenvolve, há muito tempo, um papel de controlador das informações necessárias, que torne a organização uma força de análise e tomada de decisões nos fatores mais preponderantes e importantes na nossa administração.

Assim, o presente sistema de escrituração no departamento de contabilidade adapta-se admiravelmente ao fim que tem em vista, a saber, o de apurar uma vez por ano ou, mais vezes, os lucros sobre as transações da empresa; mas é evidente que numa empresa deste tipo é necessária muita informação com vistas ao trabalho da empresa e, esta informação, deveria ser obtida numa forma tão prática que capacite os diretores a ver pronta e claramente as causas que operam a favor do êxito das operações da empresa ou contra ele. Para este fim são necessários registros suplementares e a questão é que de registros suplementares se adapta mais a este propósito. Parece-me que os registros suplementares antigamente mantidos no departamento estavam mal qualificados para qualquer uso prático.

A contabilidade gerencial está intimamente associada com o processo chamado controle gerencial, que é o processo de assegurar que os recursos sejam obtidos e aplicados efetiva e eficientemente na realização dos objetivos de uma organização. Este processo relaciona-se com a operação em funcionamento de uma empresa; é um processo recorrente, que não tem principio ou fim definíveis. Contudo, para os fins de descrever o controle da administração e mostrar como a informação contábil é útil em conexão com ele, pode-se dividir o processo em três partes: a) planejamento; b) operação; c) apuração e análise do desempenho.

Planejamento é o processo de decidir o que a organização vai fazer. O principal dispositivo formal para fazer planos da empresa é o orçamento, que é uma demonstração dos planos em termos financeiros e daí, incorporarem dados contábeis.

Na execução real das operações, usam-se os dados contábeis para transmitirem planos e outra informação e para guiar a organização no sentido em que a administração deseje que ela caminhe.

À medida que as operações prosseguem, usam-se os dados contábeis na apuração e na análise do desempenho com o fim de fazer melhores planos para o próximo período.

Fundamentalmente, portanto, o sistema de controle deve ser projetado de sorte que as ações que ele leva as pessoas a tomar em seu próprio interesse sejam ações que também busquem os melhores interesses da empresa. O sistema deve encorajar o objetivo do controle e das informações, isto é, devem estar estruturados os objetivos juntamente com as pessoas da organização e, estes, sejam concordantes com o objetivo total da organização.

Centro de Responsabilidade:

Um centro de responsabilidade é simplesmente uma unidade de organização chefiada por uma pessoa responsável. O centro é responsável pelo desempenho de alguma função, que é seu produto, e pela aplicação de recursos, ou insumos, tão eficiente quanto possível no desempenho dessa função. Para um centro de responsabilidade de produção ou de venda, pode-se medir a produção em termos de valor dos produtos produzidos ou vendidos e, para alguns outros centros de responsabilidade, pode-se medir a produção em termos dos serviços executados. Medem-se os insumos em termos do custo incorrido.

Dentro de uma empresa há toda uma hierarquia de centros de responsabilidade. No topo, há o precedente ou principal diretor executivo, que os proprietários fazem responsável pela lucratividade total da empresa. Abaixo deles, os diversos departamentos de operações constituem centros de responsabilidade e, ainda, aos níveis mais inferiores, os centros de responsabilidade podem consistir em seções, subseções ou mesmo indivíduos. O delineamento dos centros de responsabilidade é, na prática, uma tarefa difícil e, a instalação de um sistema de controle, muitas vezes descobre casos de superposição de responsabilidade, que precisa ser corrigida. Se o organograma da empresa refletisse as linhas reais de responsabilidade, esta dificuldade não existiria, mas, por vários motivos, o organograma pode não fazer isto.

Ao pensar acerca do tipo de dados contábeis úteis para o controle da administração, achamos conveniente reconhecer três tipos de centros de responsabilidade: 1) centro de despesa, 2) centro de lucros e 3) centro de investimento.

Centro de Despesa:

Se o sistema de controle mede as despesas efetuadas por uma unidade da organização, mas não mede o valor monetário de sua produção, a unidade é um centro de despesa. Embora toda unidade da organização tenha uma produção (isto é, ela faz alguma coisa), em muitos casos não é necessário medir esta produção em termos monetários. Seria extremamente difícil medir o valor monetário com que a contadoria contribui para a empresa toda, por exemplo e, embora fosse relativamente fácil medir o valor da produção de um determinado departamento produtivo, não há motivo para tanto se a responsabilidade de contramestre da fábrica é simplesmente produzir uma quantidade estabelecida de produto ao mais baixo custo existente.

Assim, a maioria dos departamentos de produção é centro de despesa. Para esses, o sistema contábil registra despesas incorridas, mas não receitas obtidas.

Centro de Lucro:

Receita é uma medida monetária da produção e, despesa, uma medida monetária dos insumos, ou recursos consumidos. Lucro é a diferença entre a receita e a despesa. Assim, se o desempenho em um centro de responsabilidade se mede em termos da receita que obtém, como do custo em que incorre, ele se denomina centro de lucro.

Embora na contabilidade financeira só se considere a receita quando é realizada, na contabilidade gerencial, é perfeitamente correto definir receita como valor da produção do centro, seja realizada ou não. Assim, a fábrica pode ser um centro de lucro, “vender” sua produção ao departamento de manutenção, que pode vender seus serviços aos departamentos que os recebem.

Visto como o valor dos produtos ou serviços vendidos dentro da empresa não se estabelece por uma transação de mercado, deve-se determinar um preço de transferência. Se existir um preço de mercado para produtos ou serviços comparáveis, poder-se-á usá-lo como preço de transferência. Na ausência de um preço de mercado, muitas vezes, se forma o preço de transferência à base do custo mais uma margem para lucro. Neste caso, comumente há algum mecanismo para negociar o preço entre os dois departamentos envolvidos; de outra sorte, o departamento de produção poderia simplesmente transferir suas ineficiência ao departamento receptor na forma de custo mais alto.

Centro de Custo:

O conceito de centro de custo é eficaz. Se adequadamente operado, tem o efeito de colocar o supervisor a negociar para si próprio, um negócio em que ele pode obter lucro. O desenvolvimento deste conceito é um dos fatores que tornam possível a recente tendência das grandes empresas de se descentralizarem.

Centro de Investimento:

A idéia do centro de responsabilidade é o centro de investimento, no qual, o supervisor é responsável, não somente pelo lucro, mas também pelos bens que usa. A idéia do centro de investimento ainda não está amplamente adotada e, em geral, se restringe às grandes unidades, tais como as diversas divisões de produto de uma empresa que fabrica uma variedade de tipos de produtos.

Negociação:

Observamos o contador hoje como controle de todas as informações geradas na empresas, é estas transformadas em modelos de decisões para os nossos diretores, administradores e etc., mas também temos que orientar os nossos contadores que o controle é uma conseqüência no saber de uma boa negociação. Se o contador não faz parte do departamento de negociação de uma empresa, mas ele muitas vezes será convidado para participar de negociações, como o controller da empresa, assim ele deve ter uma idéia central de negociação, para não sentir-se perdido nos negócios da empresa.

Comparação entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira:

Fator

Contabilidade

Financeira

Contabilidade

Gerencial

Usuário dos Relatórios

Externos e Internos

Internos

Objetivo dos Relatórios

Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente

Forma dos Relatórios

Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado de exercício, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

Orçamento, contabilidade por responsabilidade, relatório de desempenho, relatório de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão

Freqüência dos Relatórios

Anual, trimestral e ocasionalmente mensal

Quando necessário para a administração

Custos ou Valores utilizados

Primeiramente Histórico (passado)

Histórico e esperados (previstos)

Bases de mensuração usadas para quantificar os dados

Moeda Corrente

Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas, índices, etc.

Restrições nas informações fornecidas

Princípios Contábeis Geralmente Aceitos

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração

Arcabouço teórico e técnico

Ciências Contábeis

Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, administração financeira, estatística, pesquisa operacional e comportamental organizacional

Característica da informação fornecida

Deve ser objetiva, verificável, relevante e a tempo

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão

Perspectiva dos relatórios

Orientação histórica

Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada como uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)

Como observamos no quadro demonstrado, podemos notar que a disciplina de contabilidade gerencial são tomado dados de outras disciplinas das áreas de ciências contábeis ou administração financeira. Ponto este que se torna fundamental que a contabilidade gerencial usa-se dos dados que a contabilidade em geral nos fornece e com isso monta-se fatores que nos proporciona transformar relatórios, análises e etc., e depois disto desenvolve a apresentação das informações contábeis para os devidos setores que necessitarão, e com isso serve-se de como ferramenta para administração desenvolver sua função primordial que é solucionar os problemas de uma organização.

A contabilidade gerencial nota-se que na vida prática de uma organização não existe um setor específico para este fim, ou seja, como existe propriamente como departamento de custos, departamento financeiro e etc., estes setores são enquadrados dentro da organização como setores específicos para desenvolver estas determinadas ações como seu próprio nome representa. Já a contabilidade gerencial não precisa de um departamento específico, porque ela tem que estar no nosso subconsciente que em todos os momentos de uma organização este fator estará presente, pois hoje com todas as concorrências, globalização avançando rapidamente, leva nós gerentes a desenvolver análises rápidas, criarmos orçamentos que nos possibilita uma orientação do que precisamos fazer, e ou mesmo o que estamos praticando dentro de nossa organização. Sendo assim teremos que incutir em nossas mentes que em todos momentos estaremos fazendo a contabilidade gerencial, até mesmo em nossas casas.

Já para o nosso curso de contabilidade, analisando didaticamente precisamos ter esta disciplina a parte, para podermos colocar em nossos conhecimentos a tão desejada necessidade que precisamos ter, para superarmos os nossos concorrentes e sermos profissionais adequados para as organizações que hoje procuram no mercado de trabalho.


1 REALIZÁVEL E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO CONTABILMENTE

Segundo a Lei 6.404/76, substituído pela lei 11.637/2007 considera-se longo prazo todo fato que ocorre superior a um ano, ou seja o seu ciclo operacional é após o exercício social seguinte.

Isto quer dizer que um fato para ser considerado longo prazo tanto por parte do realizável como no exigível, conta-se o ano base que ocorre o fato, mais o ano seguinte, depois disto avalia-se longo prazo.

Para identificarmos melhor usaremos como exemplos:

1- A empresa realizou a venda de uma mercadoria no valor de R$ 50.000,00 em 01/02/x0, sabendo que o recebimento ocorrerá em 30 parcelas (30 meses).

Analisa-se desta forma:

De 01/02/x0 à 31/12/x0 é o exercício social (quando ocorreu o fato) 11 meses;

De 01/01/x1 à 31/12/x1 é o exercício social seguinte (o ano seguinte ao fato ocorrido) 12 meses;

Podemos observar que 23 meses é analisado como curto prazo, pois identifica o exercício social, e ainda o exercício social seguinte, possibilitando um valor de duplicatas a receber a curto prazo de R$ 38.333,33.

De 01/01/x2 à 31/07/x2 é o realizável a longo prazo, pois corresponde as 7 ultimas parcelas a serem recebidas, totalizando um valor de R$ 11.666,67 de realizável a longo prazo, fechando com o valor geral da venda de R$ 50.000,00.

Lançamento Contábil:

01/02/x0

D- Duplicatas a Receber – Curto Prazo

C- Venda de Mercadorias

Venda de mercadorias a prazo correspondendo 30 parcelas sendo 23 parcelas dentro do exercício a curto prazo.

Valor 38.333,33

01/02/x0

D- Duplicatas a Receber – Longo Prazo

C- Venda de Mercadorias

Venda de mercadorias a prazo correspondendo 30 parcelas sendo 7 parcelas dentro do exercício a longo prazo.

Valor 11.666,67

2- A empresa realizou a compra de uma mercadoria no valor de R$ 50.000,00 em 01/12/x0, sabendo que o pagamento ocorrerá em 14 parcelas (14 meses).

Analisa-se desta forma:

De 01/12/x0 à 31/12/x0 é o exercício social (quando ocorreu o fato) 1 mês;

De 01/01/x1 à 31/12/x1 é o exercício social seguinte (o ano seguinte ao fato ocorrido) 12 meses;

Podemos observar que 13 meses é analisado como curto prazo, pois identifica o exercício social, e ainda o exercício social seguinte, possibilitando um valor de duplicatas a pagar a curto prazo de R$ 46.428,57.

De 01/01/x2 à 31/01/x2 é o realizável a longo prazo, pois corresponde a ultima parcela a ser paga, totalizando um valor de R$ 3.571,43 de realizável a longo prazo, fechando com o valor geral da compra de R$ 50.000,00.

Lançamento Contábil:

01/12/x0

D- Imobilizado

C- Duplicatas a Pagar – Curto Prazo

Compra de mercadorias a prazo correspondendo 14 parcelas sendo 13 parcelas dentro do exercício a curto prazo.

Valor 46.428,57

01/12/x0

D- Imobilizado

C- Duplicatas a Pagar – Longo Prazo

Compra de mercadorias a prazo correspondendo 14 parcelas sendo 1 parcela dentro do exercício a longo prazo.

Valor 3.571,43

3- A empresa realizou a venda de uma mercadoria no valor de R$ 50.000,00 em 01/02/x0, sabendo que o recebimento ocorrerá em 23 parcelas (23 meses).

Analisa-se desta forma:

De 01/02/x0 à 31/12/x0 é o exercício social (quando ocorreu o fato) 11 meses;

De 01/01/x1 à 31/12/x1 é o exercício social seguinte (o ano seguinte ao fato ocorrido) 12 meses;

Podemos observar que 23 meses é analisado como curto prazo, pois identifica o exercício social, e ainda o exercício social seguinte, possibilitando um valor de duplicatas a receber a curto prazo de R$ 50.000,00.

Lançamento Contábil:

01/02/x0

D- Duplicatas a Receber – Curto Prazo

C- Venda de Mercadorias

Venda de mercadorias a prazo correspondendo 30 parcelas sendo 23 parcelas dentro do exercício a curto prazo.

Valor 50.000,00

Concluímos que não considera longo prazo a quantidade de meses que há de pagar ou receber, mas sim o sistema de avaliação do que se considera o sistema longo prazo.

Vimos que 14 parcelas a serem pagas considera-se longo prazo, devido quando ocorreu o fato contábil, e 23 parcelas que tinha a receber considerou tudo curto prazo, também devido a ocorrência do fato.

Desta forma identificamos como realizável ou exigível a longo prazo o fato que estiver seguindo o preceito da Lei 6.404/76, substituído pela lei 11.637/2007 da Sociedade Anônima.


1 PROVISÃO E PREVISÃO CONTÁBIL

Provisões contábeis, são reservas destinadas a cobrir despesas provenientes de perdas ou obrigações previstas, que a lei do imposto de renda admite como computáveis na determinação do lucro real, sob circunstância específicas. Constitui-se em garantias de valores sujeitos à corrosão ou à não realizações de direitos.

As provisões podem ser compensadas na determinação do lucro real, desde que expressamente autorizadas pelo imposto de renda, tais como:

a) Provisão para imposto de renda;

b) Provisão para perda em investimento;

c) Provisão para férias;

d) Provisão para 13º salário.

Existem provisões sujeitas à opção de periodicidade do balanço, entre as quais, gratificações a empregados ou exaustão de recursos minerais ou florestais, cujas compensações mensais seriam inviável.

Previsões contábeis, é uma prévia estimativa de um fenômeno que certamente ocorrerá em um patrimônio.

Na administração econômica, pode-se dizer que previsão é o ato de prever por antecipação os resultados das operações futuras.

Na contabilidade, a previsão é representada pelo orçamento a priori, quer estejam eles prevendo a receita, autorizando a despesas ou calculando por antecipação o custo de produção.

A previsão é uma das armas administrativas que os empresários lançam mão para determinar com pequenas margens de erro as metas a serem atingidas por um patrimônio.

As previsões devem ser baseadas em dados que correspondem às atividades passadas conjugadas com as pesquisas recentes e probabilidades futuras, a fim de se determinar os possíveis efeitos dos empreendimentos empresariais.

As previsões nada mais são do que repetição de fatos passados, porque delas são retirados os valores como utilização base.

As previsões podem ser:

a) Previsão administrativa, quando troca o roteiro a ser segundo pela administração;

b) Previsão agrícola, quando cuida do orçamento das propriedades agrícolas;

c) Previsão bancária, quando é feita para atender as necessidades dos estabelecimentos de créditos;

d) Previsão comercial, quando atende aos interesses das empresas cuja atividades específica é o comercio;

e) Previsão de aquisição, quando é feita para orientar as empresas em seus investimentos;

f) Previsão da produção, quando dita as normas e critérios a serem adotados na elaboração dos produtos;

g) Previsão de custos, quando planeja e estuda os problemas de custos, dando ao empresário elementos seguros para orientar a produção, no que tange as aplicações de materiais, despesas, etc.

h) Previsão de instalações, quando estuda e idealiza a forma de adaptar uma empresa, além de fornecer um custo aproximado para tal fim;

i) Previsão departamental, quando determina a priori os gastos e serviços de cada departamento.


Nenhum comentário: